Turistas agredidos em Porto de Galinhas negam que estavam bêbados antes de confusão: 'Só falaram mentira'

'Só falaram mentira', diz turista agredido por barraqueiros em Porto de Galinhas O casal de turistas que foi agredido por barraqueiros na praia de Porto de Gal...

Turistas agredidos em Porto de Galinhas negam que estavam bêbados antes de confusão: 'Só falaram mentira'
Turistas agredidos em Porto de Galinhas negam que estavam bêbados antes de confusão: 'Só falaram mentira' (Foto: Reprodução)

'Só falaram mentira', diz turista agredido por barraqueiros em Porto de Galinhas O casal de turistas que foi agredido por barraqueiros na praia de Porto de Galinhas, no Grande Recife, contestou a versão dos comerciantes sobre o episódio. Em postagem publicada no Instagram, os empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta negaram que estavam bêbados antes da confusão (veja vídeo acima). "Vocês só falaram mentira ao nosso respeito. Tudo que vocês falaram, nada disso coincide, realmente, com a verdade. Nós não estávamos bêbados, não chegamos alterados na barraca de vocês", afirmou Johnny, referindo-se aos comerciantes. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE A briga começou depois que os turistas se recusaram a pagar R$ 80 pelo uso de cadeiras e um guarda-sol. De acordo com os vendedores, um dos clientes bateu no cardápio e deu um mata-leão no garçom que atendeu os dois. No vídeo de esclarecimento, eles não falam sobre esse golpe. O g1 procurou o casal para questionar sobre o golpe citado pelo garçom, mas, até a última atualização desta reportagem, não recebeu resposta. O pronunciamento foi gravado enquanto os empresários, que são de Mato Grosso, desembarcavam no aeroporto de Cuiabá, na terça-feira (30). Na filmagem, Johnny Andrade diz que, ao contrário do que os barraqueiros afirmaram, ele e o companheiro não levaram dois litros de uísque à barraca. "Nós levamos meio litro de uísque, sim, porque a gente não ia, realmente, consumir as caipirinhas de vocês, que estavam muito caras. Tomamos apenas duas doses de uísque, fomos para a água e, logo em seguida, aconteceu o que aconteceu", afirmou. O tumulto aconteceu no sábado (27). Imagens gravadas por testemunhas mostram cerca de 20 barraqueiros agredindo os turistas com socos e pontapés. O casal precisou ser resgatado por uma equipe de guarda-vidas e foi levado à Delegacia de Porto de Galinhas. LEIA TAMBÉM: OUTRO LADO: barraqueiros negam homofobia e preço abusivo INVESTIGAÇÃO: polícia intima agressores e barraca é interditada AGRESSÕES: 'eu vi a morte na nossa frente' REPERCUSSÃO: 'crime grave', diz governadora Raquel Lyra OAB: o que diz lei sobre consumação mínima Johnny, que ficou com o rosto ensanguentado durante a briga, foi atendido em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, depois, encaminhado ao Hospital de Ipojuca. Ao g1, o casal contou que um policial foi ao hospital e pediu que eles fizessem o pagamento exigido pela dona da barraca. A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) pediu explicações ao governo de Pernambuco sobre a atuação da polícia no caso. "Nós não nos negamos a pagar. Tanto é que, dentro do próprio hospital, pagamos os R$ 80 que eles cobraram da gente e mais duas águas de coco. Um valor de R$ 94", contou, enquanto mostrava na tela o comprovante do pix realizado. Casal de turistas de Mato Grosso foi agredido por barraqueiros em Porto de Galinhas, no Litoral de Pernambuco Reprodução/Instagram Entenda o caso Casal de turistas de Mato Grosso é agredido em Porto de Galinhas O casal de turistas de Mato Grosso contou ao g1 que cerca de 30 pessoas agrediram os dois na praia. Os socos, pontapés e cadeiradas começaram após os turistas se recusarem a pagar pelo uso de cadeiras e guarda-sol de praia (veja vídeo acima). De acordo com as vítimas, o valor acordado previamente foi de R$ 50, mas, na hora do pagamento, o garçom cobrou R$ 80. As vítimas precisaram pedir ajuda às equipes de guarda-vidas civis que estavam na praia. Os agentes colocaram ambos na caçamba da viatura para que os comerciantes não conseguissem alcançá-los. A ação foi filmada por banhistas e mostram que os agressores também jogavam areia no rosto das vítimas. Os barraqueiros se pronunciaram sobre o caso e negaram que as agressões foram motivadas por homofobia. Em uma postagem no Instagram, o grupo de comerciantes disse que, ao contrário do que os clientes afirmaram, eles não cobraram nenhum valor acima do combinado. Nas imagens, o garçom Erivaldo dos Santos, identificado no vídeo como Dinho, alega que também foi agredido por um dos turistas após o casal se recusar a pagar o valor de R$ 80 pelo uso de cadeiras. Em entrevista à TV Globo, o funcionário disse que os valores do aluguel das cadeiras estavam na parte de trás do cardápio da barraca. A prefeitura de Ipojuca decidiu interditar por uma semana a barraca onde a confusão ocorreu. Ao menos, 14 pessoas envolvidas foram identificadas, segundo o governo do estado. Após reunião com a polícia e o Procon, a gestão municipal divulgou uma série de medidas emergenciais para organizar o comércio no litoral: ⁠reforço das ações de fiscalização na orla, com ampliação do efetivo da Guarda Municipal e da Secretaria de Meio Ambiente atuando na área; comunicação formal à barraca para o afastamento imediato e preventivo dos garçons e atendentes envolvidos, até a conclusão das investigações; intensificação da fiscalização para coibir práticas irregulares, como venda casada e exigência de consumação mínima; ⁠reforço das ações de fiscalização quanto ao cumprimento do Código de Defesa do Consumidor, inclusive sobre a ação de pessoas que atuam de forma irregular como “flanelinhas”. Turistas são agredidos por comerciantes em Porto de Galinhas Reprodução/Whatsapp VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias