Segurança ultrapassa economia entre maiores preocupações dos brasileiros, diz Datafolha
Segurança preocupa mais que economia, aponta Datafolha A violência voltou a se destacar como uma das principais preocupações dos brasileiros. Uma nova pesqu...
Segurança preocupa mais que economia, aponta Datafolha A violência voltou a se destacar como uma das principais preocupações dos brasileiros. Uma nova pesquisa do Datafolha, divulgada neste sábado (13), revela que 16% da população apontam a segurança pública como o problema mais grave do país, ficando atrás apenas da saúde, citada por 20% dos entrevistados. A economia, que até abril liderava as preocupações de 22% das pessoas ouvidas, caiu para a terceira posição, com 11%. O levantamento foi realizado presencialmente entre os dias 2 e 4 de dezembro, com 2.002 participantes distribuídos em 113 municípios, e apresenta margem de erro de dois pontos percentuais. Ao longo da gestão Lula 3, o Datafolha mostra que a saúde se mantém como uma preocupação constante e dominante, oscilando entre 20% e 22% da população. Já a economia, que chegou a liderar em março de 2024 com cerca de 22%, perdeu força ao longo do segundo semestre, fechando dezembro próximo a 10% ou 11%. A segurança pública, por sua vez, teve um pico em setembro, atingindo aproximadamente 22%, antes de recuar para 16% na última medição. Esse movimento sugere um deslocamento do foco da população do bolso para a segurança, enquanto a saúde segue como um gargalo estrutural persistente. Vale destacar que essas oscilações estão dentro da margem de erro de ±2 pontos percentuais. Protesto em Campinas cobrou ações para conter violência de gênero Vaner Santos/EPTV A pesquisa também revela diferenças marcantes entre homens e mulheres em relação às preocupações com o país. Entre os homens, a violência se destaca como o problema mais citado: 18% deles apontam a segurança pública como prioridade, enquanto a saúde, embora relevante, aparece um pouco atrás. Esse padrão indica que os homens tendem a perceber a segurança pessoal e a violência como questões mais urgentes no dia a dia. Já entre as mulheres, a dinâmica é diferente. A saúde lidera de forma clara, com 26% das citações, seguida pela violência/segurança, indicada por 13%, e pela economia, com 11%. Esse padrão mostra que, para as mulheres, o bem-estar pessoal e o acesso a serviços públicos — especialmente saúde e educação — têm um peso maior do que fatores econômicos ou macroeconômicos, embora a economia continue sendo relevante. Educação e desemprego aparecem em 8% cada, corrupção e fome em 6%, desigualdade social em cerca de 5%, impostos em 1% e política em 0%, enquanto 8% mencionaram outros problemas. Imagem de drone mostra corpos levados a praça no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no dia 29 de outubro de 2025. Ricardo Moraes/Reuters Megaoperação com cerca de 2.500 policiais civis e militares é deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta terça- feira, 28 de outubro de 2025. Jose Lucena/ Estadão Conteúdo Painel eletrônico mostra as recentes flutuações de ações na B3 em 28 de outubro de 2021 REUTERS/Amanda Perobelli