Homem acusa GCM de violência durante demolição de garagens em área irregular em Mogi das Cruzes
Moradores da Vila Nova União tem parte das casas demolidas O autônomo Derick de Aquino Santana acusou a Guarda Civil Municipal (GCM) de Mogi das Cruzes de ag...
Moradores da Vila Nova União tem parte das casas demolidas O autônomo Derick de Aquino Santana acusou a Guarda Civil Municipal (GCM) de Mogi das Cruzes de agir de forma violenta contra ele durante a demolição de suas quatro garagens em uma área irregular. Ação aconteceu nesta quarta-feira (19), na Vila Nova União. De acordo com Santana, que mora na ocupação há mais de 10 anos, a Prefeitura demoliu as garagens que havia em frente à sua casa, sem apresentar documento judicial de autorização da demolição. ✅ Clique para seguir o canal do g1 Mogi das Cruzes e Suzano no WhatsApp “Eu já fui abordado pelo time da prefeitura com a polícia, com a Romu (Rondas Ostensivas Municipais), já me abordaram e passaram o trator na minha garagem, em frente à minha casa. Foram bem agressivos novamente, me assustaram, me algemaram porque eu contestei, falei que não tinha prazo, não deram prazo, e eles acabaram sendo bem agressivos, bem estúpidos aqui, mais uma vez”. Segundo a Prefeitura, a contenção de Santana aconteceu após o comportamento agressivo dele contra um funcionário da administração municipal. Em relação à demolição das garagens sem comunicação prévia, a Prefeitura explicou que o procedimento não depende de decisão judicial, porque faz parte das prerrogativas administrativas dela, já que os espaços estão em uma área de risco, sob linhas de transmissão de alta tensão, que compromete a segurança das famílias (leia a nota completa abaixo). Além das garagens, a administração municipal demoliu quatro casas que eram de moradores que aceitaram um acordo com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU), em junho de 2024, e se mudaram para uma das unidades de habitação do programa. Segundo a prefeitura, essas famílias autorizaram que suas antigas moradias na ocupação fossem derrubadas. Já Isabella Brandão Gallo, esposa de Santana, contou que ela e o marido não assinaram o acordo com o programa habitacional e continuam morando na área irregular da Vila Nova União. A Prefeitura informou que as demolições das moradias que ocorreram no local nesta quarta-feira não têm relação com a casa. A casa dele continua na ocupação, e ele não aceita mudar para uma moradia regular. O que diz a Prefeitura "Sobre a operação na Vila Nova União, foi realizado o desfazimento de estruturas que se encontram em áreas de risco, construídas de forma irregular sob linhas de transmissão de alta tensão, o que compromete a segurança das famílias. As garagens estão na mesma situação, embaixo das linhas de alta tensão (de domínio da CTEEP) e em área de risco. Os moradores dessas unidades foram contemplados com unidades habitacionais novas, do Condomínio Mogi R, localizado no Conjunto Jefferson da Silva, em Cezar de Souza. Na Vila Nova União, 42 famílias já foram atendidas e os imóveis estão em processo de demolição. O procedimento não depende de decisão judicial, uma vez que ele se encontra nas prerrogativas administrativas da Prefeitura. As demolições das casas foram formalmente autorizadas pelas famílias detentoras das posses, por meio de Termo de Autorização para Demolição fornecido à Secretaria Municipal de Habitação Social e Regularização Fundiária, em virtude do recebimento de atendimento habitacional adequado e definitivo no Conjunto Habitacional CDHU Mogi das Cruzes-R. As casas destinadas a essas famílias são novas e possuem dois quartos, sala, cozinha e banheiro, com cerca de 48 metros quadrados de área. Durante a reunião realizada no dia 30 de junho, os técnicos da CDHU explicaram detalhes do financiamento – cujas parcelas são limitadas a 20% da renda de cada família – e reforçaram que os imóveis serão propriedades registradas e com toda a segurança jurídica, transformando-se em herança para os filhos. Sobre a situação do morador Derick, a Secretaria Municipal de Habitação Social e Regularização Fundiária informa que trata-se de família que se recusa ao recebimento de uma nova moradia, regular, segura e própria. É importante destacar que as demolições previstas não têm qualquer relação com a casa do Derick, que continua no local e intacta, porém dentro da área de risco". Homem acusa GCM de Mogi das Cruzes de agir com violência durante demolição de garagens Reprodução/Tv Diário Leia mais Alto Tietê tem mais de 6,4 mil vagas de emprego nesta quarta-feira; confira Veja tudo sobre o Alto Tietê