Brasil cria 85,1 mil empregos formais em outubro; com forte queda de 35% frente ao mesmo mês de 2024

A economia brasileira gerou 85,1 mil empregos formais em outubro deste ano, informou nesta quinta-feira (27) o Ministério do Trabalho e do Emprego. Ao todo, se...

Brasil cria 85,1 mil empregos formais em outubro; com forte queda de 35% frente ao mesmo mês de 2024
Brasil cria 85,1 mil empregos formais em outubro; com forte queda de 35% frente ao mesmo mês de 2024 (Foto: Reprodução)

A economia brasileira gerou 85,1 mil empregos formais em outubro deste ano, informou nesta quinta-feira (27) o Ministério do Trabalho e do Emprego. Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em outubro: ➡️2,27 milhões de contratações; ➡️2,19 milhões de demissões. 📈 O resultado representa forte recuo de 35,3% em relação a outubro do ano passado, quando foram criados cerca de 131,6 mil empregos com carteira assinada. 👉🏽 Esse também foi o pior resultado para meses de outubro desde o início da série histórica do novo Caged, em 2020. Veja os resultados para os meses de outubro: 2020: 366 mil vagas fechadas; 2021: 252,9 mil empregos criados; 2022: 160,4 mil vagas abertas; 2023: 187,1 mil vagas abertas. A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia. Em entrevista a jornalistas, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, voltou a criticar o patamar da taxa de juros fixada pelo Banco Central para conter a inflação. Atualmente, a taxa Selic está em 15% ao ano, o maior nível em quase 20 anos. "É importante o crescimento, mas está desacelerando [a criação de empregos formais]. Tem um ahora que o carro vai parar. É o momento mais que urgente do Banco Central tomar medidas de taxa de juros (...) Hora mais do que urgente de o BC ter a sensibilidade de entender esse processo. Se não daqui a pouco vai inverter a curva, deixar de ter crescimento para ter queda. Se entrar em um carro de alta velocidade, diminui, zerou ele, até retomar a velocidade demora um tempo. A economia também", disse Marinho. Parcial do ano De acordo com o Ministério do Trabalho, 1,8 milhão de empregos formais foram criados no país de janeiro a outubro deste ano. 📈 O número representa queda de 15,3% na comparação com o mesmo período de 2024, quando foram abertas 2,12 milhões de vagas com carteira assinada. Essa foi a menor geração de empregos para os dez primeiros meses de um ano desde 2023, quando foram abertas 1,78 milhão de vagas formais. Ao fim de outubro de 2025, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 48,99 milhões de empregos com carteira assinada. O resultado representa aumento na comparação com setembro deste ano (48,91 milhões) e com relação a outubro de 2024 (47,66 milhões). Empregos por setor Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de outubro de 2025 mostram que foram criados empregos formais somente em dois dos cinco setores da economia. A indústria teve a maior queda, enquanto os serviços apresentaram o crescimento mais expressivo. Regiões do país Os dados também revelam que foram abertas vagas nas cinco regiões do país no mês passado. Salário médio de admissão O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.304,31 em outubro deste ano, o que representa alta real (descontada a inflação) em relação a setembro de 2025 (R$ 2.287,31). Na comparação com outubro do ano passado, houve alta no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2.249,86. Caged x Pnad Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os informais. Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad). Segundo dados oficiais, a taxa de desemprego no Brasil foi de 5,6% no trimestre encerrado em setembro. De acordo com o IBGE, essa foi a menor taxa da série histórica iniciada em 2012.